EXPULSÃO IMEDIATA DO EMBAIXADOR DE ISRAEL E DE TODAS AS ORGANIZAÇÕES SIONISTAS DO BRASIL

Durante a entrevista coletiva, no domingo (18/02), em Adis Abeba (Etiópia), Lula fez um duro discurso contra o massacre que o Estado de Israel está a levar a cabo na Faixa de Gaza, assassinando até o momento mais de 30 mil, sendo 70% deles crianças e mulheres. Após isso, o governo chamou para consulta o embaixador do país em Israel.

Por essas ações, as entidades sionistas, no Brasil, estão a promover uma campanha explícita para reativar os setores reacionários, golpistas e profacistas (leia bolsonaristas) para desestabilizar o governo brasileiro. É preciso derrotar, com a força os métodos da classe trabalhadora, esses abutres da mídia imperialista (Globo, Jornal Folha de São Paulo, Jornal O Estado de São Paulo, CNN, UOL, etc.), os hipócritas e corruptos líderes evangélico-sionistas, os que se reivindicam “pró vida”, mas que têm as mãos sujas do indelével sangue dos mártires palestinos!

Nós, da Aliança Revolucionária dos Trabalhadores, que somos oposição revolucionária ao Governo Lula-Alckmin, que não o apoiamos nas eleições e que o caracterizamos como um governo tipicamente burguês que ataca direitos elementares dos trabalhadores, neste momento, nos colocamos, categoricamente, a favor das declarações feita pelo chefe de Estado brasileiro no que tange ao caráter nazifascista do Estado de Israel. Por outro lado, discordamos categoricamente também de qualquer forma de criminalização da luta do povo palestino, como já dissemos em outras declarações. Não existe alternativa de dois Estados, como defendem o PT e outros partidos de esquerda no Brasil e no mundo, mas a defesa incontestável de uma Palestina unificada e laica. A Palestina vive um massacre sem tréguas desde o fim da Segunda Guerra, há um extermínio sistemático de sua população, assim, reivindicamos o pleno direito à autodefesa do povo palestino e jamais confundimos a reação do oprimido com a agressão do opressor. As inúmeras cenas de soldados israelenses e colonos invasores comemorando o banho de sangue na Palestina, o corte de energia, comida e remédios básicos e os bombardeios contra campos de refugiados no sul de Gaza, não são apenas comparáveis às práticas nazistas, como certamente são comparáveis a todos os genocídios que a humanidade já condenou, tais como na Armênia, na Bósnia Herzegovina, em Kosovo, no Congo, em Ruanda, etc.

Mas, embora palavras tenham peso político, não bastam. Embora apoiemos a declaração, bem como a retirada do embaixador brasileiro de Tel Aviv, exigimos que o Brasil rompa qualquer relação diplomática, militar e econômica com o Estado sionista, retirando do território nacional o embaixador israelense, e todas as empresas e organizações que, porventura, financiem ou apoiem ideologicamente o sionismo.

Por fim, por entendermos que a luta palestina é também uma luta contra a expressão máxima do capital, isto é, contra o imperialismo, reiteramos que seguiremos a fazer qualquer unidade de ação em defesa do povo palestino e de seu território histórico, bem como não hesitaremos em denunciar e em pelear contra toda e qualquer ação sionista que queira desestabilizar o Brasil, num claro intuito de desrespeitar a nossa soberania nacional, e entregar o comando do país às hienas golpistas e reacionárias.

Romper qualquer diplomacia e relação militar e econômica com Israel!

Expulsão do embaixador israelense!

Fechamento de todas as organizações sionistas que atuam no Brasil!

Por uma Palestina Livre, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo!

Por uma Palestina Livre, Democrática, Laica e Socialista, onde trabalhadores muçulmanos, judeus e cristãos possam viver em paz!

 Aliança Revolucionária dos Trabalhadores