ART realiza seu congresso fundacional
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Com a participação ativa de militantes de quatro regiões do país e saudado por diversas organizações da esquerda revolucionária, a Aliança Revolucionária dos Trabalhadores (ART) realizou em abril seu congresso fundacional, na cidade de São Paulo.
O congresso definiu o programa da organização o qual se reafirma a defesa implacável da Revolução Socialista em escala mundial, a partir da teoria revolucionária de Marx, Engels, Lenin e Trotsky. A definição da estratégia revolucionária e socialista foi debatida também como aquilo que subordinará toda e qualquer táctica que a ART adotar na luta de classes.
A respeito do contexto internacional foram discutidos o caráter da guerra da Ucrânia, a definição leninista sobre o imperialismo e a caracterização da esquerda a respeito da China, bem como o lugar que o país asiático ocupa hoje na política global. Ainda no âmbito do internacionalismo, fora debatida a crise do capital e a reestruturação produtiva, a origem da crise política e moral da esquerda mundial e a centralidade do trabalho operário na IV Revolução Industrial, reforçando o caráter decisivo da classe operária como sujeito da Revolução.
Sobre a conjuntura nacional foi discutida e deliberada a posição que a organização terá diante do Governo Lula-Alckmin, um governo socialdemocrata tipicamente burguês, e também diante da extrema-direita brasileira que segue a existir. O rebaixamento do Brasil na divisão internacional do trabalho, a reconfiguração da classe operária nas diversas regiões do país, a putrefação da esquerda brasileira adaptada ao sindicalismo burocrático e ao parlamentarismo burguês e a principal característica assumida pelo Estado por meio de seus aparelhos ideológicos e, sobretudo, repressores em um momento de decomposição social e de esgarçamento da democracia burguesa, também foram temas debatidos no Congresso.
Além disso, sem capitular às respostas burguesas formuladas pelas teorias pós-modernas e sem cair na perspectiva estalinista e neoestalinista que confundem o combate às respostas burguesas com o desprezo pelas reivindicações dos setores oprimidos dentro da classe trabalhadora, a militância da ART produziu um rico e importante debate sobre o lugar que ocupa, no programa de um partido revolucionário, a luta contra as opressões.
Por fim, a militância aprovou o estatuto da organização, reafirmando o caráter vanguardista da ART e sua finalidade em contribuir para o reagrupamento de valentes militantes que estão dispersos, mas que seguem com disposição de lutar pelo socialismo.
Adelante camaradas!