Dia Internacional dos trabalhadores:

Dia Internacional dos trabalhadores:
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                           Nada a comemorar, muito a lutar para conquistar o poder

                                                  Declaração da Aliança Revolucionária dos Trabalhadores – ART

    Neste 1º de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, é preciso recordar que nós, aqueles que são submetidos cotidianamente à exploração da nossa força de trabalho, nada temos para comemorar, em nenhum canto do mundo. Ao contrário, em todos os rincões do planeta a crise do capital e o novo patamar de disputas interimperialistas entre EUA, Europa e China pelo domínio de recursos naturais, mercados e produção tecnológica, transformam a classe trabalhadora em bucha de canhão. Tal como na guerra da Ucrânia e na guerra civil no Sudão, conduzem os trabalhadores à última escala que antecede a barbárie por meio do desemprego, da fome, da retirada de direitos trabalhistas, dos baixos salários, da violência permanente do Estado burguês, da destruição do meio ambiente, etc. Espalhados pelo mundo são 205 milhões de desempregados formais, 89,3 milhões de refugiados, 2 bilhões de subempregados, 30 regiões da Terra em conflitos armados, etc. Aos trabalhadores e trabalhadoras imigrantes, não-brancos (as), LGBT, soma-se ainda a combinação da exploração com a opressão nacional, racial, de orientação sexual e de gênero, um conjunto de opressões que embrutecem e mutilam a classe operária diante de inúmeros casos de xenofobia, racismo, lgbtfobia e machismo.

       Como poderia ser diferente no Brasil? Por aqui a pobreza e a miséria perambulam pelas ruas das grandes cidades, nos bairros operários o Estado e seus braços paramilitares utilizam da violência para controlar o descontentamento da população pobre e negra, narcogarimpeiros seguem aterrorizando indígenas no país, a inflação corrói o salário de quem ainda está empregado. De Norte a Sul fábricas fecham e arrastam consigo pequenos comércios e serviços, jogando milhares diariamente no exército de reserva de força de trabalho.

        Enquanto isso, o Governo Lula-Alckmin, com o apoio de direções sindicais e partidárias pelegas, utiliza como táctica de chantagem e de terror a possibilidade do retorno da ultradireita ao poder, para submeter os trabalhadores aos mais impiedosos ataques. A lição dos pelegos é paradoxal: é preciso não lutar, ou a ultradireita volta.

       Ao passo que utiliza o bolsonarismo como um espantalho no milharal, o Governo Lula-Alckmin, como um bom e velho governo burguês mantém a mais perversa reforma educacional feita na educação brasileira, a Reforma do Novo Ensino Médio que retira ainda mais a capacidade de sistematização e socialização de conhecimento científico pela educação básica. Como bons gerentes políticos do capital e doces figuras subservientes do imperialismo, Lula e Alckmin confabulam com mineradoras transnacionais supostamente sustentáveis para a exploração de minérios em toda a Amazônia, sem se preocupar com as consequências ambientais e com a destruição de territórios originários. Como um típico governo capitalista, o governo da Frente Ampla burguesa se prepara para executar um dos mais duros pacotes econômicos contra a classe trabalhadora que significará o congelamento dos salários dos trabalhadores do serviço público, a redução de verbas para a educação e para a saúde pública, a manutenção da Reforma Trabalhista e Previdenciária que retiraram direitos elementares dos trabalhadores e que jogou e jogará milhões em ocupações semi-informais e no desamparo.

       O que nos resta então nesse 1º de maio? Nos resta lembrar que fora da construção do poder operário em nível mundial tudo é ilusão! Não nos cabe esperar nada de nenhum governo burguês em nenhum canto do mundo. Todas as forças políticas da burguesia nos colocaram no caminho da guerra, da fome e da morte. Nenhuma, nem a mais mínima das nossas necessidades será atendida pelos governos burgueses, sejam esses supostamente democráticos ou abertamente autoritários. O máximo que esses governos oferecem são medidas paliativas, cosméticas, enquanto os ataques se aprofundam. Nos resta então o caminho da luta incessante, da ação direta, não somente para realizarmos nossas reivindicações imediatas e econômicas, mas sobretudo para realizarmos a mais urgente e fundamental de nossas necessidades: a Revolução Socialista Mundial. Somente por meio da Revolução, mediante a democracia do proletariado, que se iniciará a devolução de nossa humanidade e que transitaremos para uma sociedade sem exploração e sem opressões – a sociedade comunista.

Fora Rússia e Fora Otan da Ucrânia! Pela autodeterminação e autodefesa dos trabalhadores ucranianos!

Pelo fim de qualquer barreira às imigrações! Todo apoio aos refugiados!

Fim da Otan! Liberdade aos lutadores da classe operária em todo o mundo!

Abaixo a nova disputa territorial interimperialista que destrói a Pan-Amazônia, a Cordilheira dos Andes, leva à guerra na África subsaariana e ameaça os povos do Sudeste Asiático!

Reajuste automático de salários contra a inflação!

Para combater o desemprego, ajuste e repartição das horas de trabalho de acordo com a necessidade social!

Legalização do aborto com todo apoio às mulheres trabalhadoras!

Pelo fim do genocídio contra os trabalhadores negros e contra os povos originários!

Ocupação imediata das escolas para a Revogação do Novo Ensino Médio!

Construir uma greve geral para revogar as contrarreformas e barrar o novo arcabouço fiscal do Governo Lula-Alckmin!

Destruição das forças de repressão do Estado burguês e suas ramificações! Pela autodefesa dos trabalhadores em suas organizações, em seus locais de trabalho, estudo e moradia!

Nossa classe tem gênero, raça e orientação sexual! Abaixo toda e qualquer forma de opressão! Em defesa de um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres!

Construir uma nova direção para a classe trabalhadora!

Morte ao capital e ao capitalismo!

Viva a Revolução Socialista!

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